Considerado o principal ingrediente da inflação, o preço do tomate vai continuar alto por pelo menos mais um mês.
Como a safra gaúcha está acabando, e o centro do país, maior produtor, teve quebra na produção por excesso de chuva, é preciso esperar a nova safra, que chega em maio.
Assim como no resto do país, o tomate vitamina a inflação de Porto Alegre. Em 12 meses, o aumento chegou a 168,05%, segundo o IPC-S, da Fundação Getulio Vargas.
Como o tomate é uma cultura de verão, muito sensível à chuva e ao frio, o Rio Grande do Sul fica dependente da produção de outros Estados entre os meses de maio e outubro. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater Enio Todeschini, durante esse período praticamente todo o tomate consumido no Estado é importado de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
—O valor do quilo vai depender diretamente da produção no centro do país. Somente uma safra maior lá pode reduzir o preço do tomate — explica.
Neste verão, a área destinada à produção do fruto no Estado encolheu mais de 30%. A diminuição é reflexo da supersafra de tomates do ano anterior. A seca que atingiu o Rio Grande do Sul em 2012, prejudicando a safra de grãos e o abastecimento de água, gerou uma das maiores colheitas de tomate nos últimos anos e o preço acabou despencando.
_Ano seco é ano de tomate. Com o valor muito baixo do ano passado, alguns produtores resolveram não arriscar _ afirma Todeschini.
Fonte: Diário Catarinense
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