Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Greve. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Greve. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Adesão à greve dos bancários segue crescente no Rio Grande do Sul

Em greve desde 19 de setembro, a adesão dos bancários do Rio Grande do Sul à paralisação da categoria segue crescente. Na terça-feira, dia 1º, das cerca de 1,7 mil agências do Estado, 989 estavam fechadas ou com atendimento parcial, sendo 328 na Região Metropolitana de Porto Alegre e o restante no interior. Os dados são da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS (Fetrafi-RS). Na quinta-feira, dia 26, o número de agências fechadas era de 892, que já era quase o dobro do registrado no primeiro dia da paralisação, quando 478 unidades aderiram total ou parcialmente ao movimento.

A paralisação segue sem perspectiva de término. Após a recusa pela categoria dos 6,1% oferecidos pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as negociações não foram retomadas. Os bancários ainda pedem maior participação nos lucros das instituições e melhorias nas condições de trabalho. A falta de diálogo é apontada como motivo para o aumento da adesão.

Correios

Enquanto os bancários seguem sem perspectiva, nos Correios a definição da data de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve trazer novidade nos próximos dias. Na próxima terça-feira, dia 8, o tribunal julgará o dissídio da categoria. A audiência deve decidir se os trabalhadores deverão retomar as atividades, qual será o reajuste aplicado aos salários e como deverá ser a reposição dos dias parados.

Em greve desde o dia 12 de setembro, no Rio Grande do Sul o movimento alcançou 1167 dos cerca de 8 mil funcionários da estatal, maioria formada por carteiros. Segundo a empresa, o atraso médio na entrega das correspondências segue em 1 dia. 

A estatal ofereceu um reajuste de 8% nos salários e 6,27% a mais nos benefícios, além de vale-extra de R$ 650 em dezembro e vale-cultura dentro das regras do programa do governo federal. Os trabalhadores gaúchos buscam 47,8% de reajuste, contratação de 110 mil trabalhadores em todo o país e manutenção do Correios Saúde (plano de saúde da categoria).

SERVIÇO DA GREVE

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda o uso dos caixas eletrônicos e do atendimento por internet ou telefone para a realização de pagamentos em geral e transferências de recursos.

MOBILE BANKING
- É preciso baixar o aplicativo do banco no celular ou no tablet, a partir do site da instituição ou de lojas virtuais. O serviço disponível varia conforme o banco e o relacionamento com o cliente, mas, em geral, permite consultar saldos, extratos e contas de investimentos e pagar títulos via débito direto autorizado.

POR TELEFONE
- O cliente pode consultar saldo e fatura do cartão de crédito e pagar contas essenciais (água, luz, telefone, gás), imposto e taxas.

LIMITE DE SAQUE
- Não há previsão de aumento do limite diário para saques por conta da paralisação. Os noturnos são limitados a R$ 300 nas agências. O valor para retirada durante o dia varia por instituição financeira.

INTERNET BANKING
- Clientes podem fazer consultas de saldo, extratos e investimentos, pagamentos de contas, transferências, solicitação de talão de cheques, pedido de empréstimos e recarga de créditos para celular.

CORRESPONDENTES BANCÁRIOS
- Funcionam em supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios. É preciso ficar atento ao horário de funcionamento.

SALÁRIOS E BENEFÍCIOS
- Caso a agência do cliente esteja fechada, é possível ir a uma lotérica ou postos dos Correios. Nas lotéricas, é possível sacar dinheiro e benefícios, como o Bolsa-Família, INSS, FGTS, seguro-desemprego e PIS.

CAIXAS ELETRÔNICOS
- Dentro de agências, funcionam até as 22h. Em locais de grande circulação, como em lojas de conveniência, funcionam 24 horas. Nos terminais automáticos, é possível fazer agendamento e pagamento de contas, saques, depósitos, retirada de folhas de cheque, consulta de saldo e extratos, transferências, retirada de benefícios (INSS, PIS, abono salarial e FGTS). Alguns também oferecem contratação de empréstimos pessoais, resgate de investimentos, bloqueio de cartão e solicitação de débito automático.
Fonte: Diário de Santa Maria

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cpers aguarda proposta que poderá determinar fim da greve

O Cpers aguarda para a quarta-feira, às 14 horas, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, em audiência agendada pelo governo do Estado, que o Executivo apresente uma proposta. Isso poderá determinar o final da greve dos trabalhadores em educação que chegou ontem ao seu quinto dia.

Pelo menos é esta a expectativa da diretora do 9º Núcleo da entidade, Marlene Stochero, que coordenou um ato de protesto na manhã desta sexta-feira, defronte ao prédio da 14ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A atividade esteve inserida na Paralisação Nacional convocada pelas centrais sindicais.
Na frente do órgão, foram colocados cartazes contendo as necessidades de diversas escolas da região representando os Núcleos do Cpers da capital missioneira e de Cerro Largo.
“Foram dois ônibus de Cerro Largo e um de Entre-Ijuís”, acrescenta.

Entre as mensagens de protesto, Marlene destacou uma que disse o seguinte: “Orgulho gaúcho: Ministro Tarso Genro cria a Lei do Piso Salarial... Vergonha gaúcha: Governador Tarso Genro não cumpre a Lei do Piso Salarial!”.

Conforme Marlene, participaram do manifesto professores, funcionários dos educandários, pais e alunos. Ela lamenta que a rede pública estadual de ensino passe hoje por falta de investimentos por parte do governo gaúcho. “Os alunos reclamam ainda da alteração do currículo do Ensino Médio Politécnico”.
Marlene alerta que uma greve somente acaba quando o governo apresentar uma proposta convincente e que ainda precisará ser avaliada pela categoria em assembleia geral. “Há o compromisso da Secretaria de Educação apresentar uma proposta à pauta de reivindicações elaborada pela direção do Cpers”, adianta.
Para ela, o eixo principal da pauta continua sendo o pagamento do Piso Nacional do Magistério como básico do plano de carreira. Outro pleito trata-se do piso salarial para servidores de escola da rede, conforme promessa de campanha eleitoral do governador Tarso Genro. Segundo Marlene, a greve permanece com adesão parcial da categoria, porém sem precisar índice.

NEGOCIAÇÃO

A coordenadora de programas e projetos da 14ª CRE, Silvana Hepp Galarça, entende que o protesto dos trabalhadores em educação é um processo legítimo. “Os professores e funcionários da rede escolar estão cumprindo com o seu papel, mas o governo Tarso está disposto a dialogar e negociar com o Cpers”, opina.
Na sua avaliação, a greve não surtiu os efeitos esperados pelo sindicato.

A grande maioria das 40 escolas da área da CRE em 11 municípios não aderiu ao movimento grevista.
Silvana entende que o governo avançou muito nas propostas efetuando concursos , realizou promoções e garantiu direito à formação profissional no horário de serviço dos professores. Ela recorda que da antiga pauta de reivindicações do Cpers, de 17 itens, 16 já foram atendidos. “Falta apenas o pagamento do Piso do Magistério, em função de discordância no índice de reajuste. “O Executivo trata o aumento do Piso baseado no índice de reajuste calculado pelo INPC”, reforça.

Dados divulgados ontem pela assessora da coordenadoria de Recursos Humanos (RH) da 14ª CRE, Claudete Scherer, apontam que o índice de adesão dos 975 professores e 758 servidores de escolas da região da Coordenadoria, atinge apenas 6,35% dos trabalhadores.