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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Genoino seguirá recebendo salário de R$ 26,7 mil como deputado

Antes de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal, José Genoino já pedira afastamento da Câmara por motivo de saúde e fizera pedido de aposentadoria por invalidez

Ao contrário do ocorrido com o Natan Donadon (sem partido - RO), o deputado José Genoino (PT-SP) poderá manter o salário como parlamentar mesmo após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prendê-lo, em Brasília.

Segundo integrantes da diretoria-geral da Câmara, o petista deve manter os rendimentos de R$ 26.723,13 em razão de estar afastado por questão de saúde.

Genoino está numa cela no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde o final de semana.

Em 6 de agosto, Genoino havia apresentado pedido de licença para tratamento de saúde após ser internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia para correção de dissecção da aorta. Menos de um mês depois, ele se afastou das atividades parlamentares e solicitou à Câmara aposentadoria por invalidez.

Na ocasião, a Casa chegou a criar uma junta médica para avaliar o estado de saúde do deputado. Até o momento, não houve um laudo conclusivo, o que deve acontecer apenas no início de janeiro, quando o Congresso estará em recesso. Caso o deputado seja aposentado por invalidez, ele deverá receber como benefício o salário integral de parlamentar.

Desde o seu afastamento, ele, no entanto, não tem mais direito aos benefícios como verba de gabinete, entre outros. No caso de Donadon, a Mesa Diretora da Câmara decidiu em julho acabar com o direito a salário, verba indenizatória, apartamento funcional e gabinete, mesmo antes de o processo de cassação ir para votação secreta no plenário.

O parlamentar teve cassadas essas prerrogativas porque para o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Donadon as perdeu por ter sido condenado por decisão transitada em julgado no STF. Atualmente, Donadon também cumpre prisão em regime fechado na Papuda, em Brasília. Apesar desse entendimento anterior, no caso de Genoino, integrantes da Mesa Diretora ainda se dividem.

— Não se pode demitir um funcionário no período de licença, acho que isso também vale para Genoino. Mas é um assunto que ainda precisa ser discutido —, disse o segundo secretário, Simão Sessim (PP-RJ).

—Se o Donadon teve os direitos cassados, o Genoino também deve ter, mas acho que tem que acabar primeiro com a licença —, considerou o segundo-vice-presidente da Câmara, Fábio Faria (PSD-RN).

Já o primeiro secretário, Márcio Bittar (PSDB-AC), defende que o mesmo tratamento dado a Donadon seja aplicado a Genoino.
Fonte: Diário de Santa Maria