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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cpers aguarda proposta que poderá determinar fim da greve

O Cpers aguarda para a quarta-feira, às 14 horas, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, em audiência agendada pelo governo do Estado, que o Executivo apresente uma proposta. Isso poderá determinar o final da greve dos trabalhadores em educação que chegou ontem ao seu quinto dia.

Pelo menos é esta a expectativa da diretora do 9º Núcleo da entidade, Marlene Stochero, que coordenou um ato de protesto na manhã desta sexta-feira, defronte ao prédio da 14ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A atividade esteve inserida na Paralisação Nacional convocada pelas centrais sindicais.
Na frente do órgão, foram colocados cartazes contendo as necessidades de diversas escolas da região representando os Núcleos do Cpers da capital missioneira e de Cerro Largo.
“Foram dois ônibus de Cerro Largo e um de Entre-Ijuís”, acrescenta.

Entre as mensagens de protesto, Marlene destacou uma que disse o seguinte: “Orgulho gaúcho: Ministro Tarso Genro cria a Lei do Piso Salarial... Vergonha gaúcha: Governador Tarso Genro não cumpre a Lei do Piso Salarial!”.

Conforme Marlene, participaram do manifesto professores, funcionários dos educandários, pais e alunos. Ela lamenta que a rede pública estadual de ensino passe hoje por falta de investimentos por parte do governo gaúcho. “Os alunos reclamam ainda da alteração do currículo do Ensino Médio Politécnico”.
Marlene alerta que uma greve somente acaba quando o governo apresentar uma proposta convincente e que ainda precisará ser avaliada pela categoria em assembleia geral. “Há o compromisso da Secretaria de Educação apresentar uma proposta à pauta de reivindicações elaborada pela direção do Cpers”, adianta.
Para ela, o eixo principal da pauta continua sendo o pagamento do Piso Nacional do Magistério como básico do plano de carreira. Outro pleito trata-se do piso salarial para servidores de escola da rede, conforme promessa de campanha eleitoral do governador Tarso Genro. Segundo Marlene, a greve permanece com adesão parcial da categoria, porém sem precisar índice.

NEGOCIAÇÃO

A coordenadora de programas e projetos da 14ª CRE, Silvana Hepp Galarça, entende que o protesto dos trabalhadores em educação é um processo legítimo. “Os professores e funcionários da rede escolar estão cumprindo com o seu papel, mas o governo Tarso está disposto a dialogar e negociar com o Cpers”, opina.
Na sua avaliação, a greve não surtiu os efeitos esperados pelo sindicato.

A grande maioria das 40 escolas da área da CRE em 11 municípios não aderiu ao movimento grevista.
Silvana entende que o governo avançou muito nas propostas efetuando concursos , realizou promoções e garantiu direito à formação profissional no horário de serviço dos professores. Ela recorda que da antiga pauta de reivindicações do Cpers, de 17 itens, 16 já foram atendidos. “Falta apenas o pagamento do Piso do Magistério, em função de discordância no índice de reajuste. “O Executivo trata o aumento do Piso baseado no índice de reajuste calculado pelo INPC”, reforça.

Dados divulgados ontem pela assessora da coordenadoria de Recursos Humanos (RH) da 14ª CRE, Claudete Scherer, apontam que o índice de adesão dos 975 professores e 758 servidores de escolas da região da Coordenadoria, atinge apenas 6,35% dos trabalhadores.