Em greve desde 19 de setembro, a adesão dos bancários do Rio Grande do Sul à paralisação da categoria segue crescente. Na terça-feira, dia 1º, das cerca de 1,7 mil agências do Estado, 989 estavam fechadas ou com atendimento parcial, sendo 328 na Região Metropolitana de Porto Alegre e o restante no interior. Os dados são da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS (Fetrafi-RS). Na quinta-feira, dia 26, o número de agências fechadas era de 892, que já era quase o dobro do registrado no primeiro dia da paralisação, quando 478 unidades aderiram total ou parcialmente ao movimento.
A paralisação segue sem perspectiva de término. Após a recusa pela categoria dos 6,1% oferecidos pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as negociações não foram retomadas. Os bancários ainda pedem maior participação nos lucros das instituições e melhorias nas condições de trabalho. A falta de diálogo é apontada como motivo para o aumento da adesão.
Correios
Enquanto os bancários seguem sem perspectiva, nos Correios a definição da data de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve trazer novidade nos próximos dias. Na próxima terça-feira, dia 8, o tribunal julgará o dissídio da categoria. A audiência deve decidir se os trabalhadores deverão retomar as atividades, qual será o reajuste aplicado aos salários e como deverá ser a reposição dos dias parados.
Em greve desde o dia 12 de setembro, no Rio Grande do Sul o movimento alcançou 1167 dos cerca de 8 mil funcionários da estatal, maioria formada por carteiros. Segundo a empresa, o atraso médio na entrega das correspondências segue em 1 dia.
A estatal ofereceu um reajuste de 8% nos salários e 6,27% a mais nos benefícios, além de vale-extra de R$ 650 em dezembro e vale-cultura dentro das regras do programa do governo federal. Os trabalhadores gaúchos buscam 47,8% de reajuste, contratação de 110 mil trabalhadores em todo o país e manutenção do Correios Saúde (plano de saúde da categoria).
SERVIÇO DA GREVE
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda o uso dos caixas eletrônicos e do atendimento por internet ou telefone para a realização de pagamentos em geral e transferências de recursos.
MOBILE BANKING
- É preciso baixar o aplicativo do banco no celular ou no tablet, a partir do site da instituição ou de lojas virtuais. O serviço disponível varia conforme o banco e o relacionamento com o cliente, mas, em geral, permite consultar saldos, extratos e contas de investimentos e pagar títulos via débito direto autorizado.
POR TELEFONE
- O cliente pode consultar saldo e fatura do cartão de crédito e pagar contas essenciais (água, luz, telefone, gás), imposto e taxas.
LIMITE DE SAQUE
- Não há previsão de aumento do limite diário para saques por conta da paralisação. Os noturnos são limitados a R$ 300 nas agências. O valor para retirada durante o dia varia por instituição financeira.
INTERNET BANKING
- Clientes podem fazer consultas de saldo, extratos e investimentos, pagamentos de contas, transferências, solicitação de talão de cheques, pedido de empréstimos e recarga de créditos para celular.
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS
- Funcionam em supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios. É preciso ficar atento ao horário de funcionamento.
SALÁRIOS E BENEFÍCIOS
- Caso a agência do cliente esteja fechada, é possível ir a uma lotérica ou postos dos Correios. Nas lotéricas, é possível sacar dinheiro e benefícios, como o Bolsa-Família, INSS, FGTS, seguro-desemprego e PIS.
CAIXAS ELETRÔNICOS
- Dentro de agências, funcionam até as 22h. Em locais de grande circulação, como em lojas de conveniência, funcionam 24 horas. Nos terminais automáticos, é possível fazer agendamento e pagamento de contas, saques, depósitos, retirada de folhas de cheque, consulta de saldo e extratos, transferências, retirada de benefícios (INSS, PIS, abono salarial e FGTS). Alguns também oferecem contratação de empréstimos pessoais, resgate de investimentos, bloqueio de cartão e solicitação de débito automático.
Fonte: Diário de Santa Maria